13 de Abril de 1986: a vitória mais “curta” da história da F1

Diferenças de centésimos de segundo, um piscar de olho, são mais ou menos comuns nas qualificações da F1, mas no final da corrida as diferenças são sempre mais "gordas". A excepção aconteceu no GP de Espanha de 1986, quando Ayrton Senna (Lotus) cortou a meta com 0,014 segundos de vantagem sobre Nigel Mansell (Williams).

Ayrton Senna chegou super-motivado a Jerez de La Frontera, a segunda prova da temporada. Foi o mais rápido na qualificação, deixando Nelson Piquet (Williams Honda), Nigel Mansell e Alain Prost (McLaren TAG Porsche) nas posições secundárias.

A corrida foi desgastante e emotiva. Ao fim de 55 das 72 voltas previstas, Nigel Mansell liderava à frente de Ayrton Senna (+1,3s) e Prost (+2,8s), mas estava no limite do combustível e tinha os pneus em muito mau estado. Nas boxes da Williams, Parick Head preparou os pneus para um troca rápida.

A 12 voltas da final Ayrton Senna ameaçou Nigel Mansell e quatro voltas depois assumiu o comando, enquanto o britânico parava para trocar de pneus. A nove voltas do fim Ayrton Senna tinha um segundo de vantagem sobre Alain Prost, mas os pneus do brasileiro e do francês estavam nos limites.

Com pneus novos, Nigel Mansell era o mais rápido em pista. A sete voltas do final ultrapassou o McLaren de Prost e ganhou três segundos por volta ao Lotus do brasileiro. As últimas voltas foram impróprias para cardíacos. Ayrton Senna evitou várias saídas de pista, mas à entrada para o último gancho à esquerda, que dá acesso à recta da meta, a vantagem era toda de Nigel Mansell. Mas o brasileiro logrou manter a melhor trajectória e cortou a meta com 14 milésimos de segundo de vantagem...

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